quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Vida de Jesus (Raul Correia e Carlos Alberto Santos)

Do nascimento, até à morte e ressurreição, a história da vida de Jesus de Nazaré será, seguramente, conhecida de muitos. Dos milagres, da mensagem, dos princípios da fé. E, claro, do sofrimento e da morte. E, depois, do ressurgir. Este livro é também a narrativa dessa tão conhecida história, contada num registo mais simples, mas muito próximo ao da Bíblia, e complementado pela clareza - e pela beleza - das ilustrações.
O que primeiro cativa para este livro é a beleza da edição. Com abundantes ilustrações a complementar o texto, este é, desde logo, um livro bonito, e o aspecto visual apela à leitura. Mas este equilíbrio entre texto e ilustração tem ainda um outro efeito interessante. É que sendo a narração bastante simples e sucinta, a ilustração contribui para tornar mais claro aquilo que está a ser contado. Texto e imagem conjugam-se para formar um todo maior.
Relativamente à história propriamente dita, não há muito a dizer. É amplamente conhecida e segue essencialmente a narrativa dos evangelhos. Assim, o ponto forte é a simplicidade, já que os pontos centrais são realçados e a leitura torna-se mais leve, mais fácil de detectar no seu essencial. Além disso, surgem, ocasionalmente, pequenos momentos de informação ou comentário complementar, o que permite uma perspectiva mais pessoal.
Tudo é narrado de forma muito sucinta. Resumidos ao seu essencial, alguns episódios deixam a impressão de mais haver a explorar - talvez por a narrativa bíblica ter servido já de base a tantas adaptações e recriações. Ainda assim, e uma vez que parece, de facto, que o objectivo é realçar o essencial - a história e a mensagem - a forma como esta história é narrada cumpre, de facto, esse propósito.
Ainda um outro aspecto cativante neste livro é que, na sua forma directa de contar a história - sem grandes demoras em análise de significados - , não exige necessariamente uma medida de fé. É possível apreciar a história e reconhecer os pontos positivos da mensagem, independentemente de se ser crente ou não. E retirar de toda esta narrativa o que mais marca, em acontecimentos e em pensamentos, considerando a divindade, ou não.
Tudo somado, o que fica é a impressão de um livro bonito, escrito de forma simples e cativante e, portanto, de uma boa leitura para conhecer - ou revisitar - essa história já tão conhecida e tantas vezes contada. Gostei, portanto.

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