quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Frutos Proibidos (Sylvia Day)

Durante as últimas semanas, Lyssa Bates tem sentido um cansaço invulgar. Passa os dias com sono, mas quando dorme, não encontra repouso. Até ao dia em que se descobre num sonho com o homem mais impressionante que alguma vez viu. Aidan Cross corresponde a todas as suas fantasias e mais algumas. O problema é que ele não é apenas fruto da sua imaginação. Aidan é o capitão de uma elite sobrenatural, seres que se movem nos sonhos dos humanos para os proteger dos pesadelos. Mas Lyssa não é como os outros sonhadores, e isso faz dela um alvo para os Anciãos. Ela é a Chave para uma profecia muito temida - e que está associada a um segredo tortuoso. E Aidan, que devia eliminar a ameaça que ela representa, descobre-se preso numa atracção que é muito mais que apenas algo de físico.
Centrado em grande medida no erotismo e na relação entre os dois protagonistas, este é um livro que surpreende e cativa, em primeiro lugar, pelo que tem para lá do romance. Todo o sistema construído em torno dos sonhos, com as hierarquias e capacidades dos habitantes do Crepúsculo serve de base para uma situação com acção quanto baste e bastante potencial a explorar. Potencial esse do qual apenas uma parte é revelada, ficando, por vezes, a impressão de que certos elementos poderiam ter sido mais desenvolvidos. Ainda assim, o que é, de facto, apresentado, é mais que suficiente para chamar a atenção, tornando a leitura cativante e despertando curiosidade para o que se poderá seguir.
Relativamente às personagens, os sentimentos entre o casal protagonista são o elemento dominante, e, por isso, acabam por ser os momentos mais emotivos o que mais cativa, mas há outros pontos que importa destacar. Primeiro, o equilíbrio entre as personalidades de Lyssa e Aidan, vindos de mundos diferentes, mas com muito em comum e também muito a descobrir um com o outro. Depois, a ligação deles às restantes personagens, sendo que, neste aspecto, sobressai a ligação de Aidan aos seus homens, com todas as questões de lealdade e devoção que necessariamente se associam a esse tipo de circunstância.
Quanto ao desenvolvimento do romance entre Aidan e Lyssa, há uma grande ênfase no lado físico, que acaba, por vezes, por se sobrepor em demasia aos restantes elementos da história. Ainda assim, há também uma boa medida de afecto e um surpreendente equilíbrio entre o inevitável erotismo, alguns momentos particularmente emotivos e um muito agradável sentido de humor.
De tudo isto resulta uma história envolvente, com um sistema muito interessante e um bom equilíbrio entre acção e romance, emoção e humor. Um bom início, portanto, e uma leitura cativante. 

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