sábado, 12 de maio de 2012

Como Ver, Ouvir e Sentir os nossos Anjos (Theresa Cheung)

É a presença e intervenção dos anjos na vida das pessoas, independentemente de crenças ou religiões, o tema central deste livro. Mais que um ente associado a uma determinada doutrina ou sequer a uma definição precisa, a autora apresenta os anjos como entidades espirituais capazes de orientar, confortar e curar. 
Os exemplos que a autora partilha são vários, mas há um elemento a diferenciar este livro de Um Anjo Chamou por Mim, e esse é que as histórias não são o foco central do livro, mas antes um complemento ao que surge como uma possível orientação no sentido de conseguir sentir (e, de certa forma, interagir) com os anjos. Essas histórias continuam a ser uma parte particularmente interessante do livro, apresentando situações ternas e comoventes e dando uma perspectiva mais clara das ideias que autora apresenta, mas a sua presença é consideravelmente menor. 
Ainda assim, e aparte algumas questões que parecem exigir, à partida, alguma medida de fé, há outros elementos interessantes ao longo do livro, nomeadamente o primeiro capítulo, com um relato bastante interessante da presença de anjos na arte e das mudanças na sua representação, e o último, que reúne citações e poemas sobre a temática dos anjos. Quanto ao restante, destaca-se a forma como a autora apresenta as suas ideias como teorias, e não como verdades universais, deixando ao leitor a capacidade de interpretar o que é apresentado segundo a sua fé ou as suas experiências.
Importa ainda de referir a organização do livro e a acessibilidade da escrita, resultando numa obra de fácil consulta caso se procure uma possível resposta relativa a um determinado tema. Os elementos referidos são vastos, ainda que abordados com relativa simplicidade, e é possível ficar com uma ideia bastante clara do que a autora entende como a natureza, o propósito e as capacidades dos anjos.
Somando tudo isto, a impressão que fica deste livro é a de uma leitura interessante, em que o lado mais explicativo se dirige mais a um público com algum nível de fé, mas que complementa este aspecto com um conjunto muito cativante de histórias e com uma boa visão das ligações históricas e culturais associadas aos anjos, bem como da sua evolução ao longo do tempo. Uma leitura agradável, portanto.

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