sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Só te Amo até Terça-Feira (Rosa Luna)

Mariana sempre foi a mais discreta, a que perdia brilho em comparação com a irmã. Mas cresceu e atingiu uma certa medida de sucesso. Agora, com um bom emprego, é a falta de um marido e filhos que lhe é apontada como grande falha aos olhos da sua família. Mas tudo muda quando o filho do patrão entra em cena e a paixão de Mariana desabrocha. Então, com o auxílio de duas amigas - e alguns acidentes de percurso - , Mariana decide mudar e conquistar aquele que vê como o homem da sua vida. O problema é que nem ela é assim tão segura nem Diogo é assim tão perfeito.
O aspecto mais interessante deste livro é, provavelmente, o tom da narrativa. Não há nada de particularmente novo na narração em primeira pessoa, mas a forma como a história é contada, como se Mariana a contasse a Diogo, dá ao enredo um toque de pessoal. Ao realçar as qualidades e os defeitos do amado numa conversa que lhe é, afinal, dirigida, há um toque de emoção que dá aos acontecimentos qualquer coisa de mais genuíno.
Quanto à história propriamente dita, é fácil adivinhar de que forma algumas coisas vão evoluir. Sendo o romance o centro da narrativa, não é difícil imaginar os conflitos e soluções que fazem parte de um percurso de crescimento (e descoberta) do amor. Ainda assim, se as linhas essenciais do enredo são, a espaços, previsíveis, há um toque de inesperado nas pequenas coisas, sendo aqui de destacar o curioso momento que dá título ao livro e que acaba por estar na base de uma das partes mais intensas do livro.
Trata-se, em suma, de uma história que, apesar de alguns momentos previsíveis, proporciona uma leitura leve e cativante, que entretém - e que, nalguns pequenos momentos, comove. Assim, não sendo o mais original dos romances, é, ainda assim, um livro agradável e uma boa leitura para descontrair. Gostei.

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