quinta-feira, 6 de maio de 2010

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Katherine Howe, a autora de O Livro de Feitiços de Deliverance Dane, é descendente de Elizabeth Howe, enforcada como bruxa em 1692, e de Elizabeth Proctor, que escapou da execução por estar grávida à época. Oriunda de uma poderosa linhagem de bruxas de Salem, Howe estreia-se na literatura com uma perspectiva nova e surpreendente sobre um dos períodos mais sombrios e fascinantes da História da América.
Escrito com convicção e graça, O Livro de Feitiços de Deliverance Dane, qual caldeirão mágico em ebulição, é uma mistura de factos históricos e ficção, tempos remotos e presente, mistério, intriga e revelações, tudo com um toque de sobrenatural.

Número 1 do New York Times, do Wall Street Journal e da Barnes & Noble, a obra de estreia de katherine Howe depressa conquistou a crítica e os leitores. Elogiada pelo magnífico trabalho de pesquisa, pelo rigor da recriação da vida quotidiana no século XVII, período da verdadeira caça às bruxas, e pela cuidada e sólida descrição do mundo universitário, Howe não deixa também de surpreender pela originalidade da sua escrita e pela mestria com que funde dois momentos distintos da História.

No livro, a autora serve-se de flashbacks para recuar até um dos momentos mas infames da história dos Estados Unidos, os julgamentos de Salem, e entrar na vida de três mulheres consideradas bruxas e condenadas por superstição e intransigência, uma delas Deliverance Dane, célebre por curar doentes, receitando remédios e poções.


Partindo de um exímio trabalho de pesquisa e documentação, Howe cruza dois períodos históricos muito distintos para narrar uma história que funde o mundo académico do século XX com uma sedutora intriga definida pelo «encontro» de si própria com algumas das mulheres que fizeram história em Salem.

Mais do que uma história de amor, o relato de Sonia Sampayo é uma profunda reflexão sobre a diversidade, o respeito e a riqueza da pluralidade. Mais do que a história de uma jovem culta e moderna que decidiu contar a sua experiência enquanto mulher de um homem negro, polígamo, muçulmano e membro de uma sociedade completamente diferente da sua, esta é a história de dois sonhos: o de Marem, uma jovem bailarina senegalesa de 14 anos que quer viajar para a Europa e o de Sonia Sampayo, uma bailarina espanhola atraída pela magia de África.

Porém, nem África é como Sonia sonhava nem a Europa corresponde às quimeras de Marem. Quando Sonia, madrilena, chega ao Senegal para conhecer a família de Pap Ndiaye, o homem com quem acabou de casar, tem de lidar com uma situação com que poucas mulheres brancas e ocidentais podem imaginar: conhecer as outras duas mulheres do marido e os filhos. Sem referências próprias, sem nada nem ninguém a quem recorrer, Sonia sente-se perdida. O mesmo sucede a Marem ao descobrir que na Europa os meninos não brincam nas ruas e que, afinal, também há pobreza.
Escrito num registo de diário íntimo, Princesa de África é um livro sobre a cultura senegalesa, cujas tradições, usos e costumes a autora tão bem conhece, e um convite à reflexão sobre o respeito e a compreensão do que nos é estranho.

Único no conteúdo e autêntico no estilo, esta é a história de um amor difícil de compreender e que Sonia Sampayo explica com argumentos inteligentes, rotundos e sinceros já que, em verdade, o amor não conhece cores nem raças, tão-pouco fronteiras ou linguagens e Princesa de África é a prova disso mesmo. Viagem apaixonante ao coração do Senegal, a história de Sonia Sampayo é também um hino à vida, à música e à dança.

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