terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Marcada (P.C. Cast e Kristin Cast)

Zoey Redbird é uma adolescente com uma vida normal e uma necessidade intrínseca de integração. Um dia, contudo, a sua vida muda quando é marcada por um vampiro. Isto significa que, durante os anos seguintes, terá de se mudar para a Casa da Noite, uma espécie de escola onde aprenderá a lidar com as mudanças que o seu corpo sofrerá... se não rejeitar a mudança e morrer.
Este é o primeiro livro de uma série, claramente destinada a um público mais juvenil. Este facto nota-se claramente na simplicidade do estilo de escrita, bem como na forma como as personagens interagem, centrando-se, em vários momentos, no que parecem ser assuntos que pouco adiantam para a história, mas que fazem claramente parte do quotidiano adolescente.
Confesso que, há já algum tempo, quando li o excerto deste livro, não fiquei com a melhor das impressões e, apesar da curiosidade, as minhas expectativas não eram muito altas. E, de facto, este livro pode não ser nenhuma surpresa literária, mas tem uma história interessante o suficiente para se tornar viciante e alguns momentos que fazem com que a leitura valha a pena.
Como grandes pontos positivos, gosto da abordagem das autoras à magia, à exploração dos rituais e à ligação com a mitologia e com o mundo animal. São, na verdade, muito interessantes, as ligações que os vampyros (sim, com y) parecem ter com os gatos e com os cavalos. Um outro aspecto muito interessante deste livro foi que, a partir de um certo momento, os aspectos mais juvenis da história parecem passar para segundo plano, à medida que a história se centra mais nas situações estranhas que vão ocorrendo na Casa da Noite. Além disso, há um ou dois momentos que conseguem ser verdadeiramente intrigantes, como a forma como Zoey parece ser especial naquele novo mundo e os estranhos fenómenos que ela observa.
Ainda uma referência à vida de Zoey antes de ser marcada. A forma como a família dela nos é apresentada, problemática e como um mundo de onde Zoey sempre quis fugir cria, desde o início, uma espécie de solidariedade entre o leitor e a protagonista, permitindo entrar mais facilmente na história, mesmo nos momentos menos interessantes do enredo.
Em suma, não será provavelmente uma obra genial, mas a verdade é que gostei muito deste livro e dei por mim completamente viciada na leitura. É um bom livro para descontrair e será especialmente interessante para o público mais jovem. Por aqui, está para breve a leitura do próximo volume, Traída.

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