sábado, 30 de maio de 2009

Um Lugar Chamado Aqui (Cecelia Ahern)

Desaparecimentos. Por vezes são apenas fenómenos invulgares, quando um dos nossos objectos se parece esconder de nós, levando-nos a procurar por todo o lado sem que o possamos encontrar. Outras vezes são acontecimentos dolorosos, quando uma das pessoas que amamos desaparece sem deixar rasto.
São estes desaparecimentos o tema de Um Lugar Chamado Aqui. Sandy Shortt, obcecada desde criança por encontrar coisas desaparecidas, é dona de uma agência que procura pessoas que desapareceram. O que acontece, contudo, quando é a que procura que desaparece?
Ao longo das páginas deste livro, mergulhamos na vida de Sandy, vislumbrando, desde a infância à vida adulta, as memórias da sua vida e da sua obsessão. Conhecemos também Jack Ruttle, o homem que contratou os serviços de Sandy para encontrar o seu irmão Donal. A situação torna-se preocupante, contudo, quando Sandy não comparece ao encontro com Jack, desaparecendo subitamente sem deixar rasto.
Num livro onde a magia ocupa o seu lugar, ao mesmo tempo que, dois mundos paralelos, o de Sandy e o de Jack, se cruzam sem que eles o saibam, a escrita fluida e divertida nos momentos certos de Cecelia Ahern cria um enredo belo e cativante, cheio de emoção na forma como aborda um tema tão doloroso como é a perda dos que nos são queridos, mas também muito original pela forma como vemos a Sandy no papel de desaparecida e a Jack, no papel daquele que, contra tudo e contra todos, não desiste de encontrar a mulher que contratou.
Um livro belo, por vezes comovente, com uma escrita magnífica e uma história original. Uma boa leitura, sem dúvida, para quem aprecia estes temas, e também para quem gosta de conhecer novos autores.
Recomendo.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Robin Cook em Portugal

ROBIN COOK EM PORTUGAL*
DIA 8 DE JUNHO, ÀS 18H30
EL CORTE INGLÊS
Conferência de Imprensa e
Sessão de autógrafos

O conceituado escritor Robin Cook estará em Portugal, no próximo dia 8 de Junho, às 18h30, no El Corte Inglês para uma conferência de imprensa, precedida de sessão de autógrafos.
Nascido na década de 40, em Nova Iorque, Robin Cook formou-se em Medicina (especializado em Oftalmologia) pela Universidade da Columbia e pós-graduado em Harvard. Conhecido como o criador do «thriller médico», as suas histórias
têm como pano de fundo os hospitais e os seus protagonista.
Autor de diversos best-sellers, entre eles, Estado Crítico, Marcador, ou, mais recentemente, O Corpo Estranho. Alguns dos seus livros foram adaptados para telefilmes: Coma (1978), Intenção Criminosa (1993), Medo Mortal (1994), Vírus (1995), Terminal (1996), e Invasão (1997). Há trinta anos que se mantém como o autor de maior sucesso deste género a nível mundial.

Albatroz edita Filho da Guerra, de Emmanuel Jal

A história verídica de um jovem músico que foi soldado em criançaNo dia 12 de Junho é publicado, pela Albatroz, o livro Filho da Guerra, a história verídica de Emmanuel Jal, um músico que, em criança, participou na Guerra do Sudão. Mal podendo com o peso de uma arma, Jal, um dos Meninos Perdidos do Sudão, testemunhou e praticou actos de extrema brutalidade, no contexto da guerra civil que se desenvolvia no país.As memórias de terror desenham-se vividamente nesta poderosa autobiografia, que revela dolorosamente a fúria que a guerra lhe ensinou, mas também a forma impressionante como Inspirado por Mahatma Ghandi, Martin Luther King e Nelson Mandela, socorreu-se da música como instrumento para o seu próprio processo de cura e incentivo à paz no seu país, tornando-se um dos mais promissores cantores rap africanos, reconhecido internacionalmente.Chocante, inspirador e carregado de esperança, Filho da Guerra é a autobiografia de um jovem singular, determinado a contar a sua própria história e a revelar ao mundo a tragédia do seu país.

Sobre o autor: Emmanuel Jal é um artista rap que conquistou notoriedade mundial pelas suas músicas de hip-hop com mensagens de paz e reconciliação, inspiradas nas suas experiências enquanto criança-soldado do Sudão.Em 2005, editou o seu primeiro álbum musical, Gua («Paz» na sua língua nativa – o nuer), e, em 2008, lançou um novo álbum, War Child, que é também o nome de um documentário sobre a sua vida, vencedor do Tribeca Film Festival Cadillac Audience Award em 2008.A sua música integrou a banda sonora do filme Blood Diamond («Diamante de Sangue»), o documentário God Grew Tired of Us e três episódios da série ER («Serviço de Urgência»).

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Despertar - Crónicas Vampíricas (L. J. Smith): A Nova Aposta da Planeta

Sinopse:
Na Itália renascentista, os irmãos Stefan e Damon Salvatore enfrentam-se pelo amor de uma jovem. Séculos mais tarde, voltarão a fazê-lo por Elena Gilbert, uma das suas colegas do liceu, que desconhece a sua verdadeira identidade.
Stefan Salvatore, o novo aluno de Fell's Church, arrasta com ele um passado misterioso, e também alguém que apenas deseja vingança, o seu irmão Damon: são mais do que irmãos de sangue e o seu ódio ultrapassa as barreiras do tempo... Agora procuram reproduzir um mortífero triângulo amoroso que tem no centro Elena, a jovem mais popular do liceu.


Sobre a autora:
Lisa Jane Smith, cujas obras são uma combinação de género de paranormal, ficção científica, fantasia e romance, obteve o reconhecimento público com a série Crónicas Vampíricas, cujo primeiro volume é Despertar. Publicado nos anos de 1990 e convertido numa referência da literatura juvenil, retoma o clássico tema da luta entre Luz e Sombra, dos seus adorados C. S. Lewis e J.R.R. Tolkien.
Segundo palavras da autora, «queria escrever livros como os deles, onde o Bem enfrenta o Mal e vence. Queria ser Frodo, morto de medo em Mordor, consciente de que o Mal que enfrenta é muito maior e mais poderoso do que ele, e ainda assim é capaz de reunir a coragem necessária para tentar e chegar a ser um herói. Queria transmitir aos jovens que não devem renunciar à esperança».



Nómada (Stephenie Meyer)

Depois do sucesso alcançado com a saga Luz e Escuridão, Stephenie Meyer apresenta-nos uma história completamente diferente. Neste extenso livro, acompanhamos a jornada de Nómada, membro de uma espécie alienígena que sobrevive através de uma relação de parasitismo. Os problemas começam quando Melanie Stryder, a sua hospedeira humana se recusa a abandonar a consciência do seu corpo.
Contrariamente ao que por vezes acontece nos livros da autora, neste não são muitos os momentos parados, ou aqueles em que a acção cede lugar a um romantismo excessivamente contemplativo. Existe, sem dúvida, uma grande quantidade de emoções, mas, neste caso, cada uma delas faz sentido, dentro das circunstâncias do enredo e do historial das personagens.
Não é uma obra prima. A escrita da autora continua a manter a sua estrutura simples, mas fluída, contudo, a forma como a história se desenvolve, a um ritmo de quase constantes acontecimentos ou revelações, torna as 830 páginas deste livro numa leitura viciante e que, por isso, se termina rapidamente.
De realçar ainda a importância de algumas mensagens que se encontram neste livro. Algumas delas aparecem em breves momentos do enredo, outras estão presentes ao longo de toda a história, mas todas elas têm algo para ensinar, sobre o valor do amor e da amizade, do altruísmo, do que vale a pena fazer e daquilo por que vale a pena morrer.
Em suma, foi uma leitura que apreciei imenso. Nota-se uma grande evolução da parte da escritora e também a atenção para com um público menos adolescente. Recomendo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

sábado, 23 de maio de 2009

Convite




A Virgem (Luís Miguel Rocha)

Para quem, como eu, nunca tinha nada deste autor e, portanto, não tinha expectativas bem definidas, este livro é, para dizer o mínimo, uma surpresa muito agradável. Desde o primeiro contacto com o livro enquanto objecto, com uma capa cativante e de uma alta qualidade em todos os aspectos físicos, é o próprio livro que nos convida a ler. E, quando nos embrenhamos na leitura de "A Virgem", o conteúdo não nos desilude de forma alguma.
Com uma escrita fluida e envolvente, na sua aproximação às expressões quotidianas que todos nós, uma vez ou outra, usamos na nossa expressão oral, somos levados a conhecer os pequenos dramas e momentos pessoas da família do Coronel José Silveira. Para além da simpatia ou do ódio que, instintivamente, algumas personagens nos inspiram, temos ainda como ponto alto deste livro a forma como o enredo se desenvolve, desvendando, aos poucos, os mistérios e vontades de cada personagem, convertendo este livro num daqueles em que sentimos que, de alguma forma, todas as personagens têm uma importância vital para o rumo da história.
Outro aspecto que me empurrou para a leitura quase compulsiva deste livro foi o facto de se tratar numa época histórica tão relevante no nosso país, mas da qual conhecia muito pouco. Falo do Estado Novo, claro, e sem dúvida que este livro é uma boa forma de nos levar a conhecer as diferenças que o Portugal desses tempos tinha relativamente ao de agora, tanto nos usos e costumes, como nas quase constantes divergências entre monárquicos e republicanos.
Por último, é também importante referir o final deste livro, cheio de impacto, à medida que, a um ritmo progressivamente crescente, nos aproximamos dos acontecimentos finais, enquanto novos mistérios são acrescentados à trama, mistérios esses que nem sempre ficam resolvidos.
E dito isto, fica a minha opinião muito pessoal. Foi uma leitura magnífica e recomendo sem reservas. Com o aviso de que, com tudo o que sabemos e tudo o que fica por dizer, é impossível não ficar, como eu, desejosamente à espera da continuação.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Nova série "Os Horríveis" (Publicações Europa-América)

Uma Desgraça de Muralha, de Terry Deary com ilustrações de Martin Brown,
«Histórias Horríveis ­ Histórias Sangrentas»

Uma muralha gigantesca e assustadora (onde o vento é tão frio que nos congela o nariz!) separa duas tribos terríveis: os Pictos e os Bretões.
Dois soldados romanos têm agora a tarefa bué difícil de guardar a muralhaŠ isto se querem continuar a ter a cabeça agarrada ao pescoço!
Mas será que mesmo com os banquetes, as catapultas e o futebol para os distrair, eles serão capazes de manter a paz e resolver o mistério da legião desaparecida?
Descobre tudo isto nesta aventura fantástica com os Miseráveis Romanos! É supernojento e não vais acreditar no que estás a ler!


O Túmulo do Tesouro, de Terry Deary com ilustrações de Martin Brown«Histórias Horríveis ­ Histórias Sangrentas»O terrível faraó Tutankhamon morreu e em breve terá só para si uma pirâmide a abarrotar de tesouros.É a grande oportunidade de Antef, o chefe de uma quadrilha de malvados egípcios, dar o maior golpe da história antiga! Serão os ladrões capazes de esvaziar num ápice o túmulo do faraó e viver regalados num oásis nas areias do deserto?

Novidades Nova Vega

A Conquista da Cidade na Narrativa de Luandino Vieira
Carla Ferreira

Em A Conquista da Cidade, Carla Ferreira analisa a produção literária de Luandino Vieira, que teve um papel determinante no contexto de afirmação da identidade nacional angolana.
Sabendo reflectir a herança da história política e sobretudo das gerações precedentes de escritores, especialmente os ideais defendidos pelo grupo de jovens de "Vamos descobrir Angola!", o Autor integrou na sua obra literária os princípios enunciados pelos escritores que lutaram pelo respeito do homem africano, tendo-lhes conferido uma nova força comunicativa e discursiva, ambas inspiradas na realidade angolana e no espírito comprometido da intelectualidade.

Ao nível do conteúdo dos textos, é a problematização do espaço e a relação estabelecida por esta categoria com o tempo, as personagens e a acção o motor do interesse da obra literária de Luandino, uma das mais emblemáticas dos tempos da luta anti-colonial e, certamente, da contemporaneidade.


Por Terras de Portugal e de Espanha
Miguel de Unamuno

Sem perfilhar um conceito fechado de Nacionalismo, Miguel de Unamuno procurou plasmar nas suas obras a essência da Espanha real e o sentimento da paisagem. Publicado em 1911, Por Terras de Portugal e de Espanha reúne várias reflexões do autor, escritas entre 1900 e 1909 ao longo das suas viagens pelo território português e espanhol.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A Seita: Novo Livro da Colecção CHERUB (Porto Editora)

A CHERUB

A CHERUB é o braço juvenil dos serviços secretos britânicos (MI5). O grupo foi criado a partir do pressuposto de que nenhum criminoso desconfiaria de que crianças perfeitamente normais pudessem ser espiões. Porém, os membros da CHERUB, embora o pareçam, não são jovens normais, mas sim profissionais treinados com rigor – todos eles órfãos –, enviados para missões de espionagem contra terroristas e traficantes de droga temidos internacionalmente. Vídeo Porto Editora sobre a colecção: http://www.youtube.com/watch?v=3aSIZl99mWw


A Seita
James e os seus colegas infiltram-se num culto australiano, Os Sobreviventes, depois de descobrirem indícios de uma potencial ligação ao grupo terrorista Ajudem a Terra. O quartel-general do culto está completamente isolado no deserto australiano, a vários quilómetros da cidade mais próxima.É a missão mais difícil até ao momento, porque James será obrigado a obedecer às rígidas regras por que o culto é famoso e resistir às técnicas de lavagem cerebral que usa para cativar os seus seguidores.Desta vez, James não só terá de combater terroristas, mas também lutar para preservar a sua própria sanidade.

O Autor

Robert Muchamore nasceu a 26 de Dezembro de 1972, em Islington, Inglaterra. Trabalhou durante treze anos como detective privado, mas abandonou a profissão para se dedicar à escrita a tempo inteiro. Costuma levar quatro a cinco meses a escrever um livro, sendo que dedica o primeiro à pesquisa e o segundo à planificação da história. Só depois escreve. Segundo o próprio, tentar escrever aquilo que gostaria de ter lido aos 13 anos de idade foi aprincipal razão para a criação da colecção CHERUB.

Os livros de bolso estão de volta à Publicações Europa-América

«Pequenos em tamanho
Grandes em qualidade»

Os Privilégios, de Stendhal, colecção «Livros de Bolso ­ Grandes Obras»

Henry Beyle, mais conhecido como Stendhal, entrou nos caminhos do romance movido pela necessidade de conhecer o seu próprio «Eu». Daí que a marca profundamente autobiográfica tenha sobremaneira influenciado a sua forma de escrever.
É certo que Os Privilégios, obra póstuma e de cariz marcadamente autobiográfico, foram durante muitos anos renegados e esquecidos por entre as outras obras-primas do autor, por revelar uma outra faceta deste cultor das paixões humanas e do «egotismo».
Assim, neste texto fulgurante, estruturado em vinte e três artigos, como se tivessem sido ditados por um «God» que o teria visitado durante o sono, Stendhal tem a oportunidade de se reencontrar com todos os seus desejos, todos, mesmo os mais íntimos, mesmo os mais ousados, mesmo os mais secretos.
Não será este um sonho comum a todos os homens?
Mas esta obra é também um marco da genialidade sublimada da escrita de Stendhal. Em apenas algumas dezenas de páginas, ele refaz o mundo segundo um ideal de beleza, embebe a sua escrita dum universo mágico e maravilhoso e convida mais uma vez os leitores, «os raros apenas», a entrar neste universo que é o «espelho que passeia ao longo dum caminho»: o seu.

Pequeno Manual de Campanha Eleitoral ­ seguido de «Carta a Ático» e de « Defesa de Murena», de Quinto e Marco Cícero, colecção «Livros de Bolso ­ Grandes Obras»

O sistema eleitoral que Cícero (106 a. C.-43 a. C.) conheceu nas últimas décadas da República romana é bem diferente do nosso, mas os princípios que regem uma campanha eleitoral permanecem os mesmos: assegurar o sustento das pessoas influentes e conciliar a massa dos eleitores, manipulando-os subtil e sub-repticiamente.
No Pequeno Manual de Campanha Eleitoral, obra redigida em 64-65, aquando da disputa de seu irmão, Marco Cícero, por um lugar no Senado, Quinto Cícero indica o caminho que todo e qualquer candidato deve seguir de forma a atingir o seu objectivo, bem como dá conselhos precisos e metódicos.
Este pequeno tratado, no qual Quinto Cícero soube muito bem tirar partido da força do registo epistolar, chegou até nós como sendo um esboço das linhas mestras de uma perfeita campanha eleitoral.

«Como tirar partido dos seus inimigos ­ seguido de Como distinguir um bajulador de um amigo», de Plutarco, colecção «Livros de Bolso ­ Grandes Obras

Plutarco (66 d. C.-120 d.C) é uma das figuras mais proeminentes da Antiguidade Clássica, e nomes como Shakespeare, Montaigne, Jean-Jacques Rousseau, entre outros, não ficaram imunes à influência do escritor e filósofo grego, cultor da virtude moral e da ética.
Fiel ao seu estilo livre e espontâneo, nestes dois tratados Plutarco mistura toda a sua arte de um eloquente erudito e todo o seu génio humorista, ao integrar oportunamente episódios anedóticos, mitológicos e de discussão, apresentados segundo os princípios da elegância, do rigor e da boa educação.
Assim, se, por um lado, em Como Distinguir Um Bajulador de Um Amigo o autor defende que os velhos hábitos de bajulação obrigam um homem honesto a ter uma postura prudente, nobre e vigilante em relação ao inimigo, por outro lado, em Como Tirar Partido dos Seus Inimigos, Plutarco defende exactamente que são esses inimigos que nos obrigam a permanecer num permanente estado de vigilância interior que nos indicarão o caminho para vencermos as adversidades e nos tornarmos melhores.
Nestes dois tratados, Plutarco mostra ao Homem de Estado ou simplesmente ao Homem Comum a forma como um verdadeiro estratega pode, em circunstâncias adversas, usar em seu proveito e a seu favor as críticas, as difamações, as injúrias e as calúnias dos seus inimigos pessoais.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Arquitectura de um Fragmento (Betty Branco Martins)

É impossível não reagir ao primeiro impacto que este livro nos provoca, quando olhamos a sua capa, misteriosa e enigmática, e, depois, quando o folheamos. Chama-nos a atenção a invulgar forma de escrita da autora, uma estrutura que salta a vista pela sua notória diferença.
E depois começamos a ler, já cativados pela originalidade do livro que temos nas mãos. Então, somos enredados por uma poesia que, para além de completamente diferente e de uma originalidade inegável, manifesta, na sua beleza e profundidade, uma tal força e um tal sentimento que é impossível ao leitor permanecer indiferente.
Sem dúvida que este "Arquitectura de um Fragmento" tem tudo para ser um grande livro. Em cada poema, somos levados à contemplação das grandes e das pequenas coisas da vida, da luminosidade e da tragédia, de tudo o que o nosso mundo tem de melhor e pior. E é por isso que, ao chegar ao último poema, fica a certeza de que a mente contemplou, com mais clareza, coisas que nunca tinha fitado devidamente.
Amantes da poesia, não percam este livro. Não há dúvidas de que vale a pena.

Eu e a Minha Vila (A. Passos Coelho)

É uma leitura rápida, mas, sem dúvida, interessante e divertida, a que se encontra nas páginas deste pequeno livro. Neste relato onde memórias, reflexões e convicções se misturam, somos convidados a conhecer a Vila Real como era antigamente, tanto no seu aspecto físico como nos seus usos e costumes.
Trata-se de uma obra de vincado cunho pessoal. Afinal, o autor conta-nos, com alguma nostalgia e com uma evidente paixão pela sua terra, os anos e as memórias que viveu no tempo passado por terras de Vila Real.
Temos toda uma vida diante dos olhos, espelhada em momentos de cândida inocência, de luta por uma vontade, de convicção e de serviço àquilo em que se acredita. E é por isso que, a todos aqueles que conhecem ou gostariam de conhecer um pouco mais sobre o que foi e é Vila Real, recomendo vivamente a leitura deste livro.

Escolhi o teu Amor (Emily Giffin): Uma Novidade Porto Editora

Escolhi o teu Amor, Emily Giffin
Disponível a partir de 28 de Maio

O enredo
“Escolhi o Teu Amor” é uma história envolvente sobre uma mulher na encruzilhada da vida e das
emoções, e sobre as razões que, por um lado, nos fazem escolher amar quem amamos e, por outro, nos impedem de esquecer quem não é a pessoa certa para nós.
A relação de Ellen e Andy não é só uma relação aparentemente perfeita. Ela é, de facto, perfeita.
Eles amam-se verdadeiramente. Não há dúvidas de que mantêm uma relação de entrega e devoção mútuas.
Até que, um dia, acidentalmente, Ellen cruza-se com Leo, o antigo namorado com quem manteve
uma relação problemática e obsessiva; o mesmo homem que um dia, sem explicação, a deixou e lhe despedaçou o coração.
Leo, o ex-namorado que ela nunca esqueceu e que, oito anos depois, reaparece por acaso e faz com que Ellen questione se a vida que tem é, afinal, a vida que quer e merece.

A autora:
Emily Giffin é licenciada em Direito, pela University of Virginia School of Law. Após exercer advocacia numa firma de Nova Iorque durante vários anos, mudou-se para Londres para se dedicar de alma e coração à escrita. A autora dos consagrados best-sellers Something Borrowed, Something Blue, e Baby Proof, vive actualmente em Atlanta com o marido e três filhos pequenos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Entrevista com o Vampiro (Anne Rice)

Fascinante e inesquecível. É o mínimo que se pode dizer deste volume inicial das Crónicas Vampíricas, de Anne Rice. Com uma mestria inigualável na criação de um ambiente sensual e densamente negro, mas inegavelmente fascinante, somos conduzidos à obscuridade do mundo vampírico pela voz de Louis, o vampiro que, na mais perturbadora entrevista, nos conta a história que decorre desde a sua criação.
Mais que as imagens que guardamos do conhecidíssimo filme, este livro transmite-nos uma dimensão completamente diferente da ideia do vampirismo. Cada um de entre os imortais que cruzam o caminho do protagonista tem os seus aspectos de diferenciação, não como poderes invulgares ou traços físicos, mas na complexidade da sua personalidade, dos seus dilemas interiores.

Muito mais que uma história de vampiros, este é um livro de emoções e acontecimentos fortes. Se o enredo em si é já de uma envolvência incrível, o que dizer quando nos reencontramos nos gestos e pensamentos das personagens? Nas reflexões de Louis, na intempestividade de Lestat, na inocência maldita de Claudia, encontramos os reflexos da descida às trevas que se processa dentro de cada um, os sentimentos mais negros que assombram a memória e o quotidiano de cada alma. A solidão, a indecisão, o medo, a vontade de desistir.

Uma leitura simplesmente imperdível, prova clara da genialidade por detrás dos livros de Anne Rice.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

E Morreram Felizes para Sempre (Excerto)

Está quase, quase a chegar. E, enquanto não há mais notícias, deixo aqui um excerto de um dos contos que compõem o livro: A Casa.

"Diziam que não vivia senão do ódio que lhe pulsava nas veias, intenso como o vermelho do sangue que lhe percorria o corpo. Muitos dos que se atravessavam no seu caminho desviavam-se apressadamente, como se do próprio anticristo se tratasse, como se encontrar as trevas impenetráveis que habitavam o seu olhar fosse, por si só, uma temível maldição.Tinha, por isso, a rua completamente por si, de cada vez que se via forçado a afastar-se da sua casa para satisfazer uma qualquer necessidade. Era assustador ver como as portas se fechavam e as cortinas eram corridas ao mais pequeno sinal da sua passagem, como se se tratasse um monstro que percorria as ruas em busca da sua vítima.Diziam que todos os demónios do Inferno se curvavam perante a sua presença, que, do interior da antiga e semi-arruinada mansão que habitava, brotavam, durante a noite, gritos capazes de fazer gelar o coração mais insensível, rasgando o monótono entoar de cânticos que invadiam os céus com os seus medonhos rituais.Mas quem era ele, afinal? O estranho vulto vestido de negro, com um aspecto quase clerical, mas com um rosto demasiado rígido para ser benigno… De onde viera? Tudo o que sabiam a seu respeito era que chegara à velha mansão pouco mais de um mês antes e que a reclamara como posse sua. O restante resultava dos rumores espalhados pela população.Quantos saberiam, contudo, que sombras o perseguiam, de onde vinham os verdadeiros demónios que o atormentavam? Viam-no, desconhecido, exilado no silêncio fechado que escolhera para habitar e, por isso, julgavam-no malévolo. Viam nas suas vestes negras a marca do derradeiro mal, ao invés do luto cerrado com que escolhera marcar a sua vida. Que sabiam eles de si, afinal? Não sabiam nada!A verdade, contudo, aquela distante verdade que o povo daquela aldeia recôndita se recusava sequer a imaginar, é que era de si próprio que aquele homem fugia, do passado que o marcara com o estigma da impureza, ainda que nada tivesse feito para o merecer, e que o perseguira até ali, de regresso ao local onde tudo começara."

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Conspiração Sistina (Philipp Vandenberg)

Tudo começa quando, durante as obras de restauro da Capela Sistina, é descoberta a presença de várias letras, de misterioso significado. Esse é o ponto de partida para que se reúna um concílio de eminentes vultos religiosos, bem como de estudiosos, a fim de desvendar o mistério da estranha palavra, aparentemente deixada por Miguel Ângelo nos seus frescos. Por detrás desse enigma, contudo, escondem-se segredos capazes de ameaçar as fundações do catolicismo e, portanto, de uma investigação rotineira parte-se para uma tentativa de abafar o caso e, aí, começam as revelações.
Confesso que me custou um pouco entrar no ritmo deste livro, apesar de tanto o enredo como a época em que se desenvolve me interessarem. Deve-se isso, em grande parte, à forma de escrita do autor que, em alguns momentos, junta uma grande quantidade de informação, de uma forma quase académica, sem que a história avance visivelmente. Por outro lado, a partir da estranheza inicial, é à medida que os diversos segredos são revelados, a vontade de saber mais impõe-se e o livro torna-se viciante, provocando uma leitura rápida até ao culminar num final perturbador.
Em suma, é um boa leitura para aqueles que apreciam a história da arte e da religião e também para aqueles que gostam de divagar pelas ideias de segredos e conspirações. Para mim, foi uma boa leitura, difícil ao início, mas, ainda assim, fascinante pelo seu desenvolvimento e pelos novos conhecimentos de história que adquiri.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O Quarto Arcano: O Anjo Negro (Florencia Bonelli): O novo livro da Porto Editora

Sobre a obra: Em 1806, diferentes processos revolucionários espalham-se pelas colónias espanholas da América, desejosas de se tornarem independentes da Coroa de Espanha. Buenos Aires será uma das primeiras capitais a concretizar esse sonho. É neste contexto que decorre o romance de Florencia Bonelli: a mais popular autora histórico-romântica do panorama literário latino-americano recorre à génese da sua nação para nos apresentar duas personagens marcantes.Roger Blackraven, conde de Stoneville, é um homem que se define pela fidelidade a uma única causa: a sua própria. De natureza dominante e autoritária, desde muito jovem viveu para ser forte, o homem mais poderoso entre os seus pares. O Anjo Negro é Melody Maguire, uma exótica crioula ruiva, filha de um pai irlandês evadido do seu país para escapar à justiça inglesa.Assim apelidada pelos escravos, Melody luta pelo fim da escravatura. Roger representa para ela tudo o que mais odeia: é inglês, mulherengo, dono de escravos, um déspota - e, no entanto, não consegue evitar a atracção escaldante que nasceentre os dois.Por recorrer a personagens chave da História como Manuel Belgrano, Napoleão Bonaparte ou Maria Antonieta e por viverem nas suas páginas escravos, índios, ingleses, franceses, espanhóis e crioulos, O Quarto Arcano é um romance profundamente comprometido com as cores e os cheiros da América do Sul.Imbuída de uma carga de erotismo fortemente explícito, a obra invoca os espíritos inquietos que ergueram a Argentina e revela aos leitores portugueses uma das mais populares escritoras latinas.A autora:Florencia Bonelli nasceu em 1971 na argentina cidade de Córdoba. Com uma formação universitária na área das Ciências Económicas, renunciou à sua actividade profissional para se dedicar à escrita, sua paixão de sempre.O seu primeiro título, Bodas de Odio, veio a público em 1999. Publicou depois Marlene (2003), Indias Blancas (2005) e Lo que dicen tus ojos (2006). O Quarto Arcano consta de dois volumes, o segundo dos quais, O Porto das Tormentas será brevemente publicado nesta colecção.

domingo, 10 de maio de 2009

Breaking Dawn (Stephenie Meyer)

Depois de Crepúsculo, Lua Nova e Eclipse, é com este extenso volume que atingimos o final da saga Luz e Escuridão. Neste livro, deparamo-nos com várias surpresas, num reencontro com as personagens que já nos cativaram, mas também com aquelas que já nos tinham conquistado alguma antipatia. E, mais uma vez, trata-se de um livro que, apesar das suas 750 páginas, se lê muito rapidamente.
Os principais pontos positivos deste livro continuam a ser algumas das suas personagens, cativantes pela sua personalidade e pelas histórias que vão sendo reveladas. Mais uma vez, encontramos pequenos momentos de revelações passadas que, ainda que pequenas, não deixam de nos surpreender. Outro aspecto favorável é a criação de momentos fortemente emocionais, para lá do romântico: o comprovar de uma amizade inviolável, a capacidade de fazer seja o que for para proteger os amigos, a fidelidade incondicional. É um livro de momentos tensos, alguns bastante negros, capaz de comover o leitor.
Quanto aos aspectos menos favoráveis, são os mesmos que já se manifestavam no resto da saga. Continuamos a ter uma história demasiado centrada nos protagonistas, o que nos deixa, por vezes, a ansiar saber mais sobre outras personagens, e também uma elevada propensão do romantismo, o que se deve, provavelmente, a uma boa parte da história ser contada do ponto de vista de Bella. Temos também, alguns momentos, principalmente no início do livro, em que a história não avança, deixando-nos com a sensação de que o livro poderia ter sido um pouco abreviado.
Concluindo: quem apreciou os livros anteriores, vai adorar Breaking Dawn. A escrita simples, mas fluida, da autora conduz a acção de uma forma intensamente viciante e quem gostou de conhecer a história das relações de Bella e Edward, vai, sem dúvida, apreciar os últimos desenvolvimentos da saga. Não é, ainda assim, um livro genial e quem se aborreceu com os livros anteriores, pode ter o mesmo problema com este. Para mim, foi uma boa leitura.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Marcada (P.C. Cast e Kristin Cast): A Nova Aposta da Saída de Emergência

Sinopse:
Zoey Redbird tem 16 anos e vive num mundo igual ao nosso, com uma única excepção: os vampyros não só existem como são tolerados. Os humanos que os vampyros "marcam" como especiais entram na Casa da Noite, uma escola onde se vão transformar em vampyros ou, se o corpo o rejeitar, morrer. Para Zoey, apesar do medo inicial, ser marcada é uma verdadeira bênção. Ela nunca encaixou no mundo normal e sempre sentiu que estava destinada a algo mais. Mas mesmo na nova escola a jovem sente-se diferente dos outros, pois a marca que a Deusa Nyx lhe fez é especial, mostrando que os seus poderes são muito fortes para alguém tão jovem. Na Escola da Noite, Zoey acaba por encontrar amizade e amor, mas também mentira e inveja. Afinal, nem tudo está bem no mundo dos vampyros e os problemas que pensava ter deixado para trás não se comparam aos desafios que tem pela frente.
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Sobre as autoras:
P.C. Cast nasceu em Illinois, vive em Oklahoma e lecciona Inglês na South Intermediate High School em Broken Arrow desde 1993. Os seus livros de fantasia romântica receberam numerosos prémios: Prism, Holt Medallion, Daphne du Maurier, Bookseller's Best, Affaire de Coeur Reader's Choice e o Laurel Wreath. Em 2007 iniciou a saga da Casa da Noite com a sua filha Kristin Cast como co-autora. Kristin recebeu vários prémios de poesia e jornalismo. Também vive em Oklahoma onde estuda Biologia na Northeastern State University
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Crítica:

“Mal comecei a ler fiquei encantada. Uma visão revolucionária e diferente dos vampiros. Marcada é divertido, negro e sensual. Fabuloso!” Gena Showalter, MTV

“Os desafios de se crescer são apresentados neste novo e original contexto de uma sociedade de vampiros, e depois cruzados com uma história realmente interessante. Esta promete ser uma série altamente viciante.” Romantic Times
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Nas livrarias a partir de 15 de Maio
... e a não perder!
Mais informações e booktrailer em http://www.saidadeemergencia.com/

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Luto Lento (João Negreiros)

Não é apenas um livro de poesia, este "Luto Lento". Ao longo das suas cerca de 150 páginas, este livro é um espelho de confidências e de pensamentos baralhados, uma miscelânea de identidades, onde o autor se confunde com o leitor de uma forma tão completa e complexa que não se sabe onde termina um e começa o outro.
A cada página que lemos, somos confrontados com a violência de um sentimento expressado sem barreiras, de uma forma completamente crua, despida de todos os floreados que, muitas vezes, se utilizam para proteger as mais sensíveis susceptibilidades. Cada frase é construída como se brotasse do caos, explosiva, contundente, inesquecível na sua originalidade. Sim, porque, sem recorrer ao tão recentemente afamado excesso de recursos estilísticos, encontro um livro que transborda sentimento, mas que é também diferente de tudo aquilo que já li.
Não é um livro fácil de ler, este "Luto Lento". E essa complexidade não se deve a nenhuma rebuscada escolha de palavras, mas à portentosa mensagem que transborda destas páginas. Uma explosão de pensamento, sentimento e caos, fundidos numa teia tão complexa que nos leva a questionar tudo, desde o mais simples gesto à nossa própria sanidade. E é por isso que este livro é daqueles que, perante o seu leitor, não conquista um meio termo.
É um livro que se adora ou se odeia. Eu, pessoalmente, adorei.

O Ladrão da Tempestade (Chris Wooding)

Esta é a história de Rail e de Moa, jovens ladrões que se esforçam por sobreviver no perigoso mundo dos guetos. Mas é também a história de Vago, o golem que procura o seu criador, de Bane, também chamado o Sinistro, líder da polícia secreta, e de muitas outras personagens que cruzam este explosivamente novo universo que Chris Wooding criou para nos contar mais esta história.
Numa mistura de fantasia e de ficção científica, somos convidados a visitar Orokos, tida como a única cidade sobrevivente à era dos Extintos. Trata-se de uma cidade cinzenta e perigosa, assolada pelo estranho fenómeno das Tempestades de Probabilidades. Estas, ao contrário das tempestades naturais, ao invadir a cidade com as suas faixas coloridas, transformam o mundo e os homens e o resultado é completamente imprevisível.
É, pois, com estas bases que entramos na narrativa deste livro, surpreendente pela esplêndida vividez com que nos descreve locais, objectos e fenómenos nunca antes vistos, com uma precisão tal que parecemos ver o que nos é descrito, mas de uma forma tão concreta e simples que o devastador ritmo do livro em nada sai prejudicado. Cada momento é uma surpresa e, à medida que avançamos na progressão da história, o ritmo torna-se cada vez mais célere, revelando novos acontecimentos ao virar de cada página.
Um livro, imperdível, sem dúvida, com a qualidade a que o autor de A Teia do Mundo e de O Mistério de Alaizabel Cray já nos habituou. E, sem dúvida, uma história inesquecível, capaz de nos mostrar uma perspectiva completamente diferente do que é o provável e o possível, do que são as prisões do quotidiano e da libertação que, por vezes, não está no derrubar de uma parede.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Novidades Europa-América para Maio

Título: Sonhar as Estrelas
Autora: Linda Gillard (Nova autora em Portugal)
Colecção: Contemporânea
Preço: 19.51€
Pp.: 244

Marianne Fraser, cega à nascença, viúva na casa dos 20 e solitária aos 40, vive num elegante bairro de Edimburgo na companhia da sua irmã Louisa, uma escritora de sucesso. A natureza apaixonada de Marianne encontra consolo e expressão na música, um amor que partilha com Keir, um homem com quem se cruza à porta de sua casa numa noite de Inverno.
Embora vários homens tenham surgido na vida de Marianne, Keir não se compadece com a sua situação. É rude mas também estranhamente delicado. Mas pode Marianne confiar nos seus sentimentos por este desconhecido solitário que quer levá-la para a sua casa na ilha de Skye e «mostrar-lhe» as estrelas?
Linda Gillard vive na ilha de Skye, a noroeste da Escócia. Foi actriz, professora e jornalista, antes de se dedicar à escrita a tempo inteiro. É a autora de Emotional Geology e A Lifetime Burning.

Crítica: «Comovente e revelador» Ema Lee-Potter, Daily Express


Título: Para Além de O Segredo - 2
Autora: Brenda Barnaby
Colecção: Diversos
Preço: 17.49
Pp.: 200

Tudo o que Para Além de O Segredo não revelou!

Se pensa que o êxito é sinónimo de prosperidade e riqueza, Brenda Barnaby concorda consigo. Após o best-seller Para Além de «O Segredo», a autora estudou os mais recentes progressos científicos relacionados com o êxito, em áreas como as Ciências Neurológicas, a Física Quântica e a Psicologia, assim como os mais recentes estudos interdisciplinares sobre as atitudes que conduzem ao êxito ou ao fracasso e a noção de riqueza como valor positivo ou negativo, tanto a nível pessoal como social.
No seu novo livro, Brenda Barnaby apresenta-nos o resultado das suas investigações em duas áreas fundamentais. O primeiro diz respeito à leis que regem o Universo. O segundo é a importância do bem-estar e da segurança económica para desfrutar plenamente da vida sentimental e afectiva, dos sucessos profissionais e laborais, da vida em família, do enriquecimento intelectual, da solidariedade, da prática de exercícios criativos e de actividades de lazer ou viagens que ampliam horizontes.
A autora explica estes temas apoiando-se em dados credíveis e rigorosos mas de forma simples e num estilo claro que facilita a compreensão do leitor. Este segundo volume é um guia completo sobre tudo o que precisa de saber para pedir o que quer à Lei da Atracção do Universo.
Em suma, Para Além de «O Segredo» 2 é a nova obra de uma das autoras mais respeitadas na área das energias mentais, escrita num registo simples e de fácil compreensão. Deixe que a autora o guie até ao êxito, elevando a sua vida e vivendo novas experiências.
A psicóloga britânica Brenda Barnaby é também escritora e jornalista de investigação, especializada no estudo e na divulgação de temas relacionados com as implicações do poder da mente e a origem e o papel das vibrações cerebrais. O seu trabalho incide principalmente nas energias mentais «adormecidas» ou raramente utilizadas, assim como na capacidade de afastar as vibrações negativas e fazer mudanças significativas em prol de uma vida mais plena e satisfatória.


Título: A Guerra das Salamandras
Autor: Karel Capek
Colecção: Grandes Clássicos do Século XX
Preço: 17.49€
Pp.: 240

Esta é uma das grandes sátiras antiutópicas do século XX e é uma inspiração para muitos autores, de Orwell a Vonnegut. O Homem descobre uma espécie de salamandra altamente inteligente e aprende a explorá-la, escravizando-a, mas algo corre mal… Na sua ânsia para desenvolver ainda mais as capacidades das salamandras (a fim de as poder usar), o Homem vai dar-lhes todas as armas necessárias para que elas estejam em posição de desafiar o lugar do ser humano no topo da cadeia animal. A guerra está iminente… e a destruição do ser humano é uma realidade…
Ao longo da obra assistimos à satirização da ciência, do capitalismo, do fascismo, do jornalismo, do militarismo, e até de Hollywood, mas ainda assim o autor dá-nos uma ficção num tom humano e cómico, mais do que fantástico.
Karel Capek (1890-1938) é considerado o maior autor checo da primeira metade do século XX. Foi o maior novelista da Checoslováquia e representante do seu espírito democrático. As suas peças de teatro estrearam na Broadway pouco tempo depois da sua estreia em Praga e os seus livros foram traduzidos em várias línguas. Os seus textos são marcados por uma escrita clara e apelativa, que o torna excepcional.


Título: Entre os Canibais
Subtítulo: Aventuras e Desventuras no Rasto de um Ritual… Apetitoso!?
Autor: Paul Raffaele
Colecção: Aventura & Viagens
Preço: 18.98€
Pp.: 276

O canibalismo é um ritual digno dos piores pesadelos e uma negra inspiração para filmes e livros. Em Entre os Canibais - Aventuras e Desventuras no Rasto de um Ritual… Apetitoso!?, acompanhamos Paul Raffaele nas suas viagens até aos locais mais remotos do planeta em busca de povos e tribos que ainda praticam este ritual perturbante.
Numa escrita empolgante e humorística que satisfará a curiosidade dos leitores mais requintados, Paul Raffaele visita locais e tribos exóticas entre os quais se contam o México, a Polinésia, a Amazónia, os guerreiros canibais do Tonga, os Korowai da Nova Guiné e os Agohri na Índia.
Das ruas da cidade do México às terras altas da Nova Guiné, Paul Raffaele brinda-nos com um relato sobre a milenar história do canibalismo que funde o jornalismo gonzo com aventuras de Indiana Jones.
Paul Raffaele é um autor australiano que se dedica à literatura de viagens e reside em Hong Kong. Em 1965, iniciou a sua carreira como jornalista na Australian Broadcasting Corporation. Além de ser um colaborador assíduo da revista do Instituto Smithsonian, é autor do livro The Last Tribes on Earth: Journeys Among the World’s Most Threatened Cultures (2003). Em 2008, o New York Post elegeu Entre os Canibais - Aventuras e Desventuras no Rasto de um Ritual… Apetitoso!? como uma das dez melhores leituras de Verão.

Crítica: «Um excelente livro para acompanhar com um copo de Chianti.» New York Post
«Raffaele é um escritor divertido que explora habilmente um dos mais insólitos rituais do homem» Peter Carlson, Washington Post

OUTROS LANÇAMENTOS:

INFANTO-JUVENIL







Título: Uma Desgraça de Muralha
Autor: Terry Deary
Colecção: Histórias Horríveis – Histórias Sangrentas (Nova colecção d’ Os Horríveis)





Título: O Túmulo do Tesouro
Autor: Terry Deary
Colecção: Histórias Horríveis – Histórias Sangrentas (Nova colecção d’ Os Horríveis) SÓ DISPONÍVEL EM MEADOS DE MAIO




SAÚDE E BEM ESTAR
Título: Segredos do Corpo Feminino
Subtítulo: Viva Activamente e Não Receie Envelhecer
Autora: Pat Samples
Colecção: Arte de Viver


ANIMAIS
Título: O Treino do Cavalo – A Solução dos Problemas
Autora: Jessica Jahiel
Colecção: Cães, Gatos, Periquitos & Companhia

domingo, 3 de maio de 2009

Novelas do Defunto Ivan Petróvitch Bélkin (Aleksandr Púchkin)

São cinco narrativas de um realismo devastador. Cinco histórias capazes de nos transportar para uma realidade bem diferente da nossa, a de um tempo e de um país distantes do nosso, mas ainda assim capazes de nos envolver com um intenso fascínio.
Fascinantes e envolventes, estes contos trazem-nos momentos de amor e morte, de esperanças destroçadas e de velhos sonhos subitamente encontrados num reencontro tardio. Trazem-nos nobreza e vilania, coragem e cobardia, pecado e inocência. E cada um destes contos é, quer pela sua escrita rica, mas não cansativa, quer pelo realismo das suas personagens, capaz de nos despertar ódio e simpatia, como os nossos conhecimentos, um relato inesquecível.
Um livro pequeno, de rápida leitura. Mas, sem dúvida, um grande livro, daqueles que se terminam demasiado cedo e nos deixam a desejar conhecer mais da obra deste impressionante escritor.